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Maior parte dos reajustes salariais fica abaixo da inflação no 1º semestre do ano

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

Não bastasse a inflação corroer os salários, os trabalhadores também sofreram, no primeiro semestre de 2022, com reajustes salariais abaixo do INPC. De acordo com o boletim divulgado, nesta terça-feira (19), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 43,4% dos acordos firmados, entre janeiro e junho, ficaram abaixo do índice da inflação. Cerca de 35,2% dos reajustes salariais ficaram iguais ao INPC. Só em 21,4% dos acordos, os trabalhadores conseguiram aumento salarial acima do índice de inflação.

O setor da indústria foi o que registrou maior número de acordos salariais acima da inflação. No comércio, a maioria dos acordos ficou igual ao INPC. Já no setor de serviços cerca de 51% dos reajustes ficaram abaixo da inflação.

A região Sudeste registra a maior frequência de reajustes acima da inflação. A distribuição dos resultados no primeiro semestre do ano foi desfavorável para os trabalhadores da região Centro-Oeste. As negociações no Sul do país seguem com maior percentual de reajustes iguais e acima do INPC.

O estudo aponta que o resultado dos acordos por empresas teve desempenho melhor do que das negociações por categorias, as chamadas convenções coletivas.

PISOS SALARIAIS
O valor médio dos pisos salariais no 1º semestre ficou em R$ 1.489,98. O setor de comércio registrou o maior valor (R$ 1.515,22); enquanto o setor rural o menor piso salarial (R$ 1.454,83).

O Sul do país continua pagando os maiores pisos, já no Nordeste se verifica o menor piso salarial.

DATA-BASE JUNHO
O fechamento do primeiro semestre de 2022 leva em conta os reajustes salariais de junho. No mês passado, cerca de 37% dos reajustes salariais das categorias ficaram acima da inflação. É o maior percentual de reajuste por data-base desde setembro de 2020. O percentual de acordos com reajustes iguais da inflação ficou também próximo de 37%. Já os reajustes abaixo do INPC representaram 26% dos casos.

Por Estefania de Castro