Pressionado pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e por centrais sindicais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve manter intactas as regras atuais do seguro-desemprego. as normas sobre esse benefício à classe trabalhadora deverão ficar de fora do pacote de medidas de cortes de gastos que Lula deve enviar ao Congresso na semana que vem com o objetivo de manter em operação o arcabouço fiscal.
As medidas para garantir a sustentabilidade das contas públicas estão sendo discutidas pela equipe econômica ao longo desta semana.
Ontem, Lula se reuniu com integrantes da Junta de Execução Orçamentária (JEO) por cerca de 6 horas, mas não houve anúncios.
A notícia de que essa ideia estava em discussão irritou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que ameaçou se demitir. As centrais também passaram a pressionar o presidente contra a proposta. Lula, que nasceu para a política como sindicalista na região do ABC Paulista, não deve adotar a sugestão, de acordo com a fonte ouvida pelo Valor.
Renan Truffi, Fabio Murakawa, Guilherme Pimenta, Lu Aiko Otta e Rafael Bitencourt , Valor Econômico