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Distribuidoras de combustíveis pedem suspensão da mistura de biodiesel e mais fiscalização no setor

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Notícias

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) protocolou nesta quarta-feira (12) um ofício junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em que pede a suspensão temporária da obrigatoriedade de adição de 14% de biodiesel ao diesel pelo prazo de até 90 dias.

O Sindicom argumenta que a medida é necessária para melhorar a fiscalização do setor, que tem registrado fraudes na mistura de biodiesel nos últimos meses, quando o preço do biocombustível ficou mais alto do que o derivado de petróleo.

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) rechaçou em nota o pedido de suspensão da mistura, chamando-o de tentativa de “eliminar” a mistura pelas distribuidoras por 90 dias, o que traria consequências para setor produtivo.

Já o Sindicom, que representa companhias como Ipiranga, Moove, Petronas Lubrificantes, Raízen, Shell, TotalEnergies, Vibra Energia e YPF, entre outras, justificou ainda o pedido à ANP citando operações de fiscalização que apontam que, dos mais de 100 testes realizados entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, 46% apresentaram irregularidades envolvendo a mistura do biodiesel.

O sindicato lembrou que as ações de fiscalização da ANP interditaram neste ano cinco distribuidoras de combustíveis em todo o país por suspeitas de irregularidades no cumprimento da mistura obrigatória de 14% de biodiesel —o setor de distribuição é responsável por realizar a adição do biocombustível.
Folha de São Paulo