Rodoviários do Rio decidiram em assembleia dar uma trégua de 24 horas na greve iniciada nesta segunda-feira (11) e voltam ao trabalho terça-feira (12). A categoria, a princípio, aceitou proposta de aumento salarial de 7%, mas ainda quer que o prefeito Marcelo Crivella regulamente a já sancionada lei que acaba com a dupla funlção.
A categoria voltará a se reunir após as 24 horas de trégua para definir os rumos do movimento. Os rodoviários fizeram na tarde desta segunda-feira (11) assembleia no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb) para debater proposta formulada em uma reunião de quatro horas com representantes das empresas de ônibus nesta segunda-feira (11), além de representantes da Prefeitura do Rio.
Segundo o presidente do Sintraturb, Sebastião José, o acordo prevê 7% de reajuste salarial em duas vezes, sendo 3,5% em junho e 3,5% em novembro. Ele afirma que também foi aceito reajuste na cesta básica com 50% que passa de R$ 200 para R$ 300, além da implantação da biometria nas empresas. Já em relação ao retorno dos cobradores, o presidente do Sintraturb, Sebastião José, amparado pela assembleia, deu um prazo de 24h para que o prefeito de manifeste sobre a regulamentação.
“Continuamos em estado de greve até que o prefeito decida acabar com a dupla função. Isso a categoria não abre mão”, disse ele.
A greve dos rodoviários deflagrada na madrugada desta segunda-feira (11) atinge toda a cidade do Rio, prejudicando a circulação de linhas convencionais e dos corredores do BRT. No rush da manhã, muitos pontos em todas as regiões do Rio estavam superlotados, e alguns coletivos foram depredados por grevistas. Também havia piquetes nas portas das viações.
O RJTV mostrou que, no fim da tarde, passageiros que estavam no Centro do Rio ainda tinham que esperar bem mais tempo que o normal até conseguir seus ônibus, especialmente para bairros como a Ilha do Governador, na Zona Norte.
Pela manhã, Sebastião José disse que a expectativa era que os motoristas aumentassem, gradativamente, o número de ônibus parados até atingir o percentual de 70%.
“A gente está fazendo o possível para que a população não seja tão afetada, então esse movimento começa gradativamente. Começa uma paralisação por empresa, até atingir os 70%. Nós vamos cumprir a lei de greve que determina, no caso de serviços essenciais, que é o nosso caso, tem que rodar, pelo menos, 30%”, afirmou Sebastião. (via G1)