Secretário de Saúde do Rio e diretor de comunicação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Daniel Soranz diz que o orçamento do Ministério da Saúde para a atenção básica (consultas, exames, entre outros procedimentos mais simples) sofreu uma redução de quase 20% este ano. Estados e municípios, segundo ele, devem sentir esse corte — que pode chegar a R$ 40 bilhões — nos próximos dois meses.
No Rio, onde a cobertura da rede federal encolheu, a perda é calculada em R$ 367,4 milhões. Secretários de todo o país vão a Brasília semana que vem para tentar reverter o que Soranz está chamando de “calote”. E a proposta orçamentária em discussão no Congresso Nacional prevê ainda mais tesouradas em 2023. Procurado, o ministério não se manifestou.
Daniel Soranz diz que se o ministério não conseguir recompor o orçamento, o município vai arcar com a conta e cobrir o rombo. Nenhum serviço será cortado porque a Saúde é prioridade do governo municipal como uma política pública. Mas o prefeito Eduardo Paes terá que fazer remanejamentos de outras áreas.
Luiz Ernesto Magalhães, Extra