O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a suspensão da oferta do crédito consignado do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica Federal, citando possível “desvio de finalidade” e uso “meramente eleitoral”.
Na segunda, a presidente da Caixa, Daniella Marques, afirmou que, até a última sexta-feira, 14, o banco havia concedido R$ 1,8 bilhão de crédito consignado a 700 mil beneficiários do auxílio em apenas três dias, já que o lançamento foi no dia 11.
Desde o início do segundo turno das eleições presidenciais, a Caixa tem acelerado o lançamento de medidas e programas, principalmente com foco nas classes mais baixas e nas mulheres, públicos em que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tem maior rejeição.
A Caixa foi um dos 12 bancos credenciados pelo Ministério da Cidadania para operar a linha de crédito, e o único entre os cinco maiores do País. Como antecipou o Estadão, grandes bancos resolveram ficar de fora da oferta do consignado. A modalidade é vista por analistas como eleitoreira e com grande potencial de ampliação do endividamento das famílias.
Thais Barcellos e Débora Alvares, O Estado de São Paulo