O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, abriu nesta terça-feira uma investigação contra uma rede de desinformação usada para favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL) e deu três dias para que o filho dele, vereador Carlos Bolsonaro, explique o uso político de seus perfis nas redes sociais.
Na decisão, Benedito também determinou a desmonetização de canais suspeitos de propagação de conteúdos inverídicos e a suspensão da exibição, até 31/10, do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, que fala sobre o episódio ocorrido em 2018 contra o então candidato à presidência da República.
A decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abre investigação contra um “ecossistema de desinformação” e dá prazo de cinco dias para que 47 membros dessa rede apresentem suas defesas.
Na decisão, o ministro afirma que “faltando menos de 15 dias para o segundo turno, as pessoas jurídicas responsáveis pelos provedores de conteúdo” citados na ação, “ainda que não veiculem em seus sites peças típicas de propaganda eleitoral, assumiram comportamento simbiótico em relação à campanha midiática de Jair Messias Bolsonaro”.
Mariana Muniz, Extra