As cotações do petróleo e a taxa de câmbio são pilares da política da estatal. Neste mês, a commodity engatou alta com o anúncio do corte de produção pela Opep, que reúne os maiores exportadores do mundo. O cenário de oferta reduzida levou as cotações para cima.
A Petrobras, contudo, tem evitado reajustes nas refinarias às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais.
Nesta quarta-feira (19), o valor médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava 5% abaixo da paridade de importação, segundo a Abicom. A defasagem em relação aos preços internacionais correspondia a R$ 0,18 por litro.
De acordo com a Abicom, o preço da gasolina no Brasil está abaixo do praticado no exterior desde 4 de outubro. Ou seja, já são mais de duas semanas nessa condição.
A defasagem é ainda maior no caso do diesel. Ficou em 12% nesta quarta, ou R$ 0,70 abaixo da paridade, segundo a entidade.
Consultada sobre o assunto, a Petrobras disse que, por questões concorrenciais, não pode antecipar decisões sobre manutenção ou reajuste de preços.
Leonardo Vieceli, Folha de São Paulo