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Sem regra de reajuste do PT, salário mínimo seria hoje de R$ 700

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

Se o Brasil não tivesse adotado a política de valorização do salário mínimo entre os anos de 2005 e 2018 (governos Lula, Dilma e Temer), com reajustes acima da inflação, cerca de 60 milhões de brasileiros estariam recebendo hoje R$ 699 de salário ou aposentadoria. Um valor bem próximo ao do programa Auxílio Brasil, e quase a metade dos R$ 1.212 do mínimo em 2022.

Os cálculos foram feitos pela economista Carla Beni, da FGV, ao corrigir o valor do mínimo de maio de 2004 até janeiro de 2022 pela inflação medida pelo INPC. Apesar do mínimo ter tido um pequeno ganho real em 2003 e em 2004, conforme levantamento feito pelo Dieese, a política de reajuste do salário mínimo acima da inflação só foi adotada oficialmente de 2004 para 2005, e por isso esse foi o parâmetro adotado para o cálculo.

A correção do salário mínimo com ganho real (somando a inflação e o crescimento do PIB do País), praticamente dobrou o valor não só da renda de cerca de 36 milhões de brasileiros que trabalham com carteira assinada (dados do início de 2022), mas também cerca de 24 milhões de aposentados e beneficiários do INSS (dados também de 2022).

Se essa regra, do reajuste pela meta de inflação e sem ganho real, tivesse sido adotada desde 2002, o salário mínimo seria hoje de cerca de R$ 500, segundo cálculos feitos pelo Dieese.
Mariana Londres, UOL