O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai iniciar o mandato pressionado pela alta nos preços dos combustíveis, influenciada pelo retorno da incidência de impostos federais como Cide e PIS/Cofins.
No fim de junho, antes do início do período eleitoral, o governo Bolsonaro zerou esses tributos sobre a gasolina até 31 de dezembro.
O atual presidente ainda sancionou uma lei que limita em 17% a cobrança de ICMS sobre os combustíveis. Nesse caso específico, a regra continua valendo após a virada do ano, mas sua constitucionalidade está em análise no STF (Supremo Tribunal Federal).
As isenções dos impostos federais, aliados à limitação do ICMS, surtiram efeito por 15 semanas. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), os preços voltaram a subir nas últimas três semanas, mas estão longe dos registros pré-eleição.
Julio Wiziack, Folha de São Paulo