O documento aprovado neste domingo (20) na COP27 coloca o etanol novamente em evidência.
Além de confirmar a criação de um fundo para a , o texto final da 27ª edição da conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas) demonstra maior tolerância com a transição energética.
A crise gerada pela guerra na Ucrânia deu sobrevida aos combustíveis de origem fóssil, mas não eliminou as metas de descarbonização estabelecidas no Acordo de Paris. É aí que entram as fontes renováveis.
A declaração divulgada no fim de semana “salienta a importância de reforçar um mix de energias limpas, incluindo energias de baixas emissões e energias renováveis, em todos os níveis, no âmbito da diversificação dos mixes e sistemas energéticos, em linha com circunstâncias nacionais e reconhecendo a necessidade de apoio para transições justas”.
Ao trazer o texto para o universo automotivo, vê-se que os planos de transformar a tecnologia do etanol em um produto tipo exportação começa a fazer sentido. Tanto montadoras como fornecedores globais que desenvolveram sistemas flex fuel no Brasil estão de olho no mercado externo.
A Volkswagen inaugurou nesta segunda (21) a unidade de pesquisa e desenvolvimento Way to Zero Center. O nome em inglês já demonstra o interesse em atuar mundo afora. Grosso modo, é levar a semente da nossa jabuticaba, o carro a álcool, para outros países.
Eduardo Sodré, Folha de São Paulo