Os responsáveis pela segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejam a posse presidencial, marcada para 1º de janeiro, sem a participação do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Eles ainda avaliam que faltam recursos para mobilizar todo o aparato necessário ao evento que recebe apoiadores do petista, curiosos e autoridades de diversos países.
A equipe de transição de governo afirma que não há verba para pagar diárias de agentes da PF (Polícia Federal) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Ainda assim, dizem que o evento está garantido e que esses valores podem ser acertados mais tarde com os agentes.
Eles ainda estudam alternativas, como a mobilização de policiais federais que estão concluindo curso de formação na academia da corporação na capital do país.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal discutiu a posse com a equipe de transição de Lula, em reunião na quinta-feira (24).
Há preocupação na equipe de transição de que as manifestações antidemocráticas de apoiadores de Bolsonaro hoje concentradas em estradas e na frente de quartéis atrapalhem a posse.
Bolsonaro ainda não disse o que fará no dia da posse, mas a equipe de Lula considera que o presidente não irá pessoalmente entregar a faixa ao sucessor.
Cézar Feitoza e Mateus Vargas, Folha de São Paulo