O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) informou à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o País tem hoje cerca de 11,6 milhões de cirurgias represadas dos dois primeiros anos da pandemia.
O Conass também identificou que 1,3 milhão de exames diagnósticos deixaram de ser feitos no período, dos quais 1 milhão são mamografias. Os levantamentos foram apresentados ao grupo de transição da saúde em reunião na última segunda-feira, 28.
Diante do cenário, o conselho pediu aos representantes do governo eleito um financiamento adicional de R$ 3 bilhões pelo Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação (FAEC) para ampliar de forma rápida a oferta de cirurgias já no início do ano que vem.
Coordenador do grupo de transição da saúde e ex-ministro da pasta, o sanitarista Arthur Chioro afirmou ao Estadão que o governo eleito está discutindo com Estados e municípios ações imediatas para atender a demanda reprimida e medidas de longo prazo para enfrentar o problema.
“Eles nos passaram a proposta de ampliação de acesso mais imediato e, ao mesmo tempo, a estruturação de uma política para atenção especializada que consiga enfrentar esse gargalo”, destacou.
Fabiana Cambricoli, O Estado de São Paulo