Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77, e Geraldo Alckmin (PSB), 70, assumiram os cargos de presidente e vice-presidente da República, respectivamente, neste domingo (1º), após quatro anos de uma gestão Jair Bolsonaro (PL) marcada por tensões, polarização e ataques à democracia que se estenderam até a posse do novo governo.
Com Brasília tomada por milhares de apoiadores e após semanas de preocupação com a segurança, Lula recebeu à tarde a faixa de um grupo plural de cidadãos devido à recusa de Bolsonaro de entregá-la ao sucessor, rompendo uma tradição democrática. O ex-presidente viajou aos EUA na última sexta (30) e passou a virada de ano por lá.
Lula assumiu a Presidência pela terceira vez. Logo de cara, Lula revogou uma série de atos de Bolsonaro —entre outras, medidas sobre armas e na área ambiental, além da determinação para que a CGU (Controladoria-Geral da União) reavalie em 30 dias os sigilos decretados pelo antecessor.
Em seus discursos, Lula criticou a herança deixada por Bolsonaro, afirmou que a situação do país é estarrecedora, enalteceu a democracia e a atuação do Judiciário no processo eleitoral e oscilou entre a união nacional e a polarização.
De um lado, repetiu a promessa de governar para todos os brasileiros, não só para seus eleitores, e descartou revanchismo.
Em seu segundo discurso, no parlatório, apoiadores do petista gritaram “sem anistia” após Lula ler trecho de um relatório produzido pela equipe de transição com um diagnóstico do país sob Bolsonaro.
No final da tarde, Lula assinou um pacote de medidas sobre esse e outros temas.
Folha de São Paulo