O presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas, Eusébio Pinto Neto, participou neste domingo, 1º de janeiro, da cerimônia de posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Ele foi convidado pela equipe de transição do governo Lula para acompanhar a cerimônia de transmissão de cargo, no Palácio do Planalto. Desde a redemocratização, nunca um trabalhador de posto de combustível participou da solenidade de posse de um Presidente da República, que valida e confirma a democracia no país.
Eusébio Neto é o primeiro frentista e liderança sindical da categoria a participar desse momento histórico da nação. Na cerimônia, ele representou os 500 mil trabalhadores de postos de combustíveis do país. Antes da posse, ele se reuniu com dirigentes sindicais de várias categorias. Eles debateram sobre a atuação e a participação efetiva dos trabalhadores no governo Lula.
Segundo Eusébio Neto, os trabalhadores terão, neste novo governo, a oportunidade de avançar nas conquistas e revogar pontos da Reforma Trabalhista que retirou direitos. Não podemos aceitar a exploração da mão de obra, principalmente dos trabalhadores de aplicativos, que não têm nenhuma proteção trabalhista. Estamos começando uma nova era no nosso país e precisamos ficar atentos para não cometermos os mesmos erros do passado, completou ele.
O presidente do SINPOSPETRO-RJ disse que esse é o momento de a categoria unir forças para enterrar os projetos que pedem a revogação da Lei 9.956. A lei, que completa neste mês 23 anos, proíbe bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo país. Eusébio Neto afirmou que vai cobrar das lideranças trabalhistas, no Congresso, a aprovação do projeto que regulamenta a profissão de frentista. O deputado Mauro Nazif (PSB-RO), autor da proposta, não se reelegeu, mas outro parlamentar pode levar o debate adiante.
O governo Lula tem um compromisso com a classe operária e com o povo. Temos que dar um basta na exploração da mão de obra e acabar com as desigualdades no país, enfatizou Eusébio Neto.
Por Estefania de Castro