A classe operária está de volta ao seu protagonismo no país. Nós, operários, que produzimos as riquezas da nação precisamos nos valorizar e ocupar todos os espaços, para que a renda seja distribuída igualmente entre o povo. Para viver essa Nova Era— que teve início com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva— precisamos acreditar na nossa força e poder.
Temos o dever de proteger a Constituição Federal e garantir a Democracia do país. Para deixar às futuras gerações o direito a liberdade, a igualdade e a justiça, precisamos abraçar a luta pela reconstrução do Brasil.
Só atingiremos o desenvolvimento, quando o povo tiver direito ao trabalho digno, comida, educação e, principalmente, respeito. O futuro está nas nossas mãos, por isso temos que arrancar do solo as ervas daninhas, que nos aprisionam e se alimentam da nossa força de trabalho. Esse é o momento de dar uma resposta aos abusos e revogar as leis que mutilaram os direitos trabalhistas e precarizam as relações de trabalho.
A mudança é urgente, mas, para ela ocorrer efetivamente, é preciso que o trabalhador acredite no seu potencial e vença o medo. Vamos resgatar a nossa força individual para coletivamente enfrentar as oligarquias. O governo Lula nos enche de esperança e otimismo para quebrar as correntes e nos libertar da opressão e da exploração.
Somos a maioria, no entanto, metade das riquezas do país está concentrada nas mãos de 1% da população brasileira. Para reverter essa dura realidade, a classe operária precisa estar mobilizada e os sindicatos fortalecidos. Só com a valorização dos salários e com a capacitação da mão de obra conseguiremos reconstruir o país.
Essa é a hora de retomar o plantio, cuidar e tratar da terra, para em breve colhermos os frutos. O movimento sindical se reinventou e sobreviveu aos tempos sombrios. A democracia precisa de sindicatos fortes e organizados para defender os interesses do povo.
Na semana passada as portas do Palácio do Planalto se abriram para dirigentes sindicais de várias categorias, que foram debater com o presidente melhorias para os trabalhadores. Nada vem de graça, é preciso esforço e união para construir uma nova relação entre capital e trabalho. Ao falar à classe trabalhadora, Lula reabriu o caminho para os sindicatos reassumirem o papel de destaque no Brasil.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ