O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (dia 9) que a quantidade de problemas encontrados na revisão do Cadastro Único (CadÚnico), porta de entrada do Bolsa Família, foi maior que a mapeada na transição. Segundo ele, das 10 milhões de inscrições que estavam sob análise mais detalhada, cerca de 2,5 milhões apresentam algum tipo de irregularidade.
Esses casos são decorrentes, em sua maioria, da concessão irregular a famílias que constam como divididas apenas para engordar o benefício.
Segundo o ministro, haverá um esquema especial para a retirada desses beneficiários. O novo governo entende que eles foram submetidos a essa situação de fracionamento familiar, principalmente, e que agora precisam de um modelo específico para deixar o programa, que ainda não está definido.
Consignado
O governo federal fixou em 5% o limite para desconto nos programas federais de transferência de renda, como o Bolsa Família (que substitui o Auxílio Brasil) para pagamento dos empréstimos consignados (com desconto em folha). Antes, esse valor era de 40%. A alteração foi publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira(9).
Considerando que o valor mínimo atual do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, é de R$ 600, o valor anteriormente descontado para pagamento mensal da dívida não poderia passar de R$ 240. Agora, esse valor foi reduzido a R$ 30.
Alice Cravo, O Globo
Fernanda Trisotto, Extra