Entre 437 reajustes da data-base janeiro, analisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 75% ficaram acima da inflação medida pelo INPC-IBGE. Ou seja, os salários tiveram aumento real. A variação real média dos reajustes, isso quer dizer quando descontada a inflação, foi de 1%. Os reajustes iguais ao INPC foram 16,5% e os reajustes abaixo do índice foram 8,2%.
Os resultados confirmam tendência de melhora praticamente contínua nas negociações desde agosto de 2022. A frequência de reajustes parcelados, por exemplo, está em queda. Na data-base janeiro de 2023, o percentual de casos foi de apenas 1,8%, inferior ao observado em dezembro (2,4%) e em janeiro do ano passado (9,1%).
Raio-x dos reajustes
Em todas as regiões geográficas, em janeiro de 2023, os resultados ficaram acima do INPC em percentuais superiores a 70%, com destaque para o Centro-Oeste, com aumentos reais em 89,3% dos casos analisados. Quando se trata de setores econômicos, a indústria (77%) e os serviços (76,4%) registraram a maior incidência de aumentos reais. No comércio, ganhos acima do INPC foram observados em 57,6% das negociações analisadas.
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