Numa vitória para Fernando Haddad, o Ministério da Fazenda confirmou ontem que voltará a cobrar os impostos federais sobre gasolina e etanol, mas contando com ajuda da Petrobras para atenuar impacto ao consumidor.
A ideia, segundo a pasta, é manter a arrecadação de R$ 28,9 bilhões prevista no pacote de medidas anunciado no dia 12 de janeiro. Os percentuais de cobrança de impostos sobre álcool e gasolina ainda serão informados pelo governo.
Ontem à noite, ao deixar o ministério, Haddad afirmou que a Petrobras pode “contribuir” com a medida dentro da sua atual política de preços. Chamada de Preço de Paridade de Importação (PPI), essa política atrela os valores internos ao mercado externo (ao usar parâmetros como dólar e barril de petróleo).
Dados da associação das empresas importadoras de combustíveis apontam que a Petrobras vende hoje a gasolina R$ 0,21 acima do mercado internacional.
A volta integral dos impostos federais sobre a gasolina representaria um impacto de R$ 0,69 por litro do combustível, considerando PIS/Cofins e Cide. No álcool, o impacto seria de R$ 0,24 por litro.
Fernanda Trisotto, Sergio Roxo, Manoel Ventura, Renan Monteiro e Bruno Rosa, O Globo