Volta do carro popular “verde”, com preço estimado entre R$ 45 mil e R$ 50 mil, uso de parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para compra de carros novos, além de outras medidas para renovação da frota de carros leves, estão na pauta da indústria automobilística e do governo atualmente.
O primeiro trimestre do ano terminou com vendas de veículos zero quilômetro abaixo do esperado, trazendo preocupação ao setor diante de um cenário de juros elevados, falta de crédito e perda de renda do brasileiro. Entre janeiro e março, houve paralisações em oito fábricas, e dois turnos de produção foram suspensos, incluindo os de montadoras de caminhões.
Uma das opções que está na mesa de discussão entre o setor e o governo, segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), é a possibilidade de uso de parte do FGTS para a renovação da frota. Essa medida foi adotada no Chile e, segundo ele, as vendas “estouraram”.
Outra medida que visa a estimular o mercado de novos é a volta do carro popular “verde”. Montadoras que atuam nesse segmento estão discutindo diretamente com o governo, disse Leite, sem intermediação da Anfavea.
João Sorima Neto,O Globo