Em atos nesta terça-feira(20) contra os juros alto e pela saída de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central, as centrais sindicais vão levar um carro cortado ao meio para os protestos em frente a sede da instituição, em São Paulo. Os atos acontecerão em todo país.
Com isso, a ideia é ilustrar que quando o brasileiro compra um veículo financiado, metade do valor corresponde a juros, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística).
Também serão levadas três maquetes de prédios, com dois metros de altura, para mostrar que ao comprar um imóvel, com os juros altos, o brasileiro paga por três ao final do financiamento.
RIO DE JANEIRO
A diretoria do SINPOSPETRO-RJ vai participar dos protestos, a partir das 11h, em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas, 730, no Centro.
Na quinta-feira(22), as centrais pretendem entregar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um pedido de exoneração de Campos Neto.
Participam da Jornada de Lutas Contras os Juros Altos as centrais sindicais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB, Nova Central, Central Pública e Intersindical, além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que congregam partidos de esquerda e movimentos diversos, como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e UNE (União Nacional dos Estudantes).
COPOM
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) se reúne hoje e amanhã para decidir se a taxa básica de juros aumenta, diminui ou se mantém estável.
Assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as centrais sindicais criticam a taxa de juros de 13,75%, considerada pelos movimentos sociais um obstáculo às políticas de investimento no país. O Banco Central argumenta que a Selic tem sido mantida nesse patamar para conter a inflação.
UOL, Política Livre e Mundo Sindical