As elevadas taxas de juros impedem o crescimento econômico do país e a distribuição de renda. Para lutar contra a ganância dos especuladores do mercado financeiro, a diretoria do SINPOSPETRO-RJ participou nesta terça-feira(20), de uma manifestação em frente ao edifício do Banco Central, no Centro do Rio de Janeiro.
A Força Sindical do Estado do Rio de Janeiro esteve presente no ato. Os diretores Gilberto Duarte, Reinaldo Pinheiro, Klebson Patrício e Vinicius Mendonça representaram o SINPOSPETRO-RJ.
Alexsandro Diniz, vice-presidente da Força, criticou a política neoliberal, de extrema-direita, que retira recursos dos mais pobres em benefício dos mais ricos. Ele disse que os brasileiros elegeram um governo que trabalha para o povo e não para o mercado financeiro. “ A classe trabalhadora precisa se unir mais uma vez para diminuir os juros e o país voltar a crescer. O Banco Central precisa estar alinhado às necessidades do povo brasileiro e não com o mercado financeiro”, frisou ele.
Em todo o país, lideranças sindicais e de movimentos sociais protestaram contra a alta dos juros do Banco Central. As manifestações seguem até o dia 2 de julho.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulga nesta quarta-feira(21), o índice da taxa de juros. Apesar da queda da inflação, o Copom insiste em manter a taxa em 13,75%. O Brasil entrega aos especuladores do mercado financeiro a maior rentabilidade do mundo. O México ocupa o segundo lugar, mas oferece apenas a metade desta rentabilidade.
CONSEQUÊNCIA
A taxa de juros elevada aumenta o endividamento da população, uma vez que torna praticamente impossível negociar e parcelar dívidas. O número de brasileiros endividados passa de 70 milhões. A elevada taxa de juros afeta significativamente toda sociedade.
As indústrias deixam de investir na produção, uma vez que linhas de crédito e financiamento se tornam mais caras. O comércio também é prejudicado pelo alto custo do crédito. O número de desempregados cresce com a queda na produção e nas vendas. Dessa forma, a economia trava.
O Banco Central não se preocupa com o país, mas sim com a saúde do sistema bancário e dos investidores do mercado financeiro. É um absurdo! Vamos nos manifestar contra isso. Chega do povo fazer papel de palhaço!
Por Estefania de Castro