A segunda rodada de negociação salarial dos 20 mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência do estado do Rio de Janeiro terminou sem acordo. Os dirigentes do SINPOSPETRO-RJ e do SINDESTADO ( Sindicato patronal) voltam a se reunir no dia 11 de julho para debater as cláusulas econômicas e sociais da Convenção Coletiva 2023/2025.
No encontro desta terça-feira(4), os diretores Isaias Albuquerque e Reinaldo Pinheiro conseguiram assegurar a data-base da categoria. Assim, tudo o que for acordado durante a negociação salarial será pago retroativo a 1º de junho.
O sindicato também conseguiu manter todas as cláusulas da Convenção Coletiva em vigor até o dia 30 de setembro, podendo ser prorrogadas de acordo com a vontade das partes. Essa é uma grande conquista, pois a Reforma Trabalhista acabou com a ultratividade, o que permite que as empresas suspendam os benefícios, enquanto a negociação não for fechada.
Os advogados Márcio Porto e Thaís Farah representaram o sindicato na mesa de negociação.
REIVINDICAÇÕES
O sindicato reivindica aumento real nos salários e nos benefícios. A diretoria também luta para estender o adicional de periculosidade de 30% para todos os trabalhadores, inclusive de escritórios e lojas de conveniência.
A entidade também solicita que os serviços prestados à noite sejam executados, pelo menos, por dois funcionários, sendo um deles vigia noturno.
O sindicato ainda defende a inclusão da cláusula que proíbe a instalação de bombas de autosserviço nos postos de combustíveis do estado. Essa cláusula assegura o emprego dos trabalhadores.
LUTA E MOBILIZAÇÃO
O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, pede que a categoria se mantenha mobilizada e unida para que o sindicato possa avançar nas conquistas. Segundo ele, a Reforma Trabalhista encurralou os trabalhadores, pois vale o que é negociado com os patrões, prevalecendo algumas ressalvas da legislação.
“Precisamos estar atentos. A nova lei permite que os patrões retirem direitos já conquistados na Convenção Coletiva. É a hora de lutarmos por melhorias. Não há sindicato sem a participação do trabalhador. Quanto mais organizada a categoria, mais forte e combativo será sindicato”, disse.
Eusébio Neto afirmou que a diretoria vai continuar visitando os postos do estado para informar os trabalhadores sobre o andamento da negociação.
Por Estefania de Castro