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iFood, MPT e MPF firmam acordo para financiar pesquisas sobre relações de trabalho

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

O iFood firmou um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo no qual a empresa se compromete a financiar R$ 6 milhões em pesquisas que analisem as relações de trabalho com entregadores e o mercado publicitário.

A empresa de entregas deverá criar políticas internas relacionadas ao dever de transparência e às liberdades de manifestação e de expressão de seus colaboradores e entregadores.

O acordo é decorrente de uma investigação instaurada no ano passado, após uma reportagem da Agência Pública mostrar que o iFood contratou duas agências de comunicação para desmobilizar movimentos de entregadores de comida que reivindicavam aumento das taxas repassadas pelo aplicativo e melhorias nas condições de trabalho.

Segundo a reportagem, a empresa de delivery ainda teria ainda infiltrado uma pessoa num protesto para desviar a atenção da pauta principal. As agências teriam produzido campanhas virtuais para circular conteúdos contrários a paralisações da categoria, além de mediar críticas feitas ao iFood numa ação que teria envolvido a criação de perfis falsos nas redes sociais.

No Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na sexta-feira (7), o iFood se compromete a não despedir, bloquear ou suspender trabalhadores que se organizem em movimentos, partidos políticos, sindicatos ou que participe de qualquer manifestação ou faça publicações em redes sociais em prol de direitos trabalhistas.

Outra medida prevista no acordo é que a empresa, junto com as agências de comunicação Benjamim e a Social QI, façam uma campanha de marketing digital que trate da importância do respeito ao direito à informação da população na internet.

Essa campanha deverá ser veiculada semanalmente nos perfis do iFood em pelo menos três plataformas digitais. Além disso, as empresas devem fazer uma declaração pública conjunta sobre os fatos investigados e os termos do TAC celebrado, na qual será ressaltada a relevância da liberdade sindical e dos direitos de negociação coletiva e de greve dos trabalhadores.
Hyndara Freitas, O Globo