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Entregadores rejeitam propostas das empresas de aplicativo

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

Após rejeitarem as propostas apresentadas pelas empresas sobre uma remuneração mínima à categoria, os entregadores e motoristas de aplicativos aguardam até o dia 12 de setembro por uma nova rodada de negociações. A categoria reagiu negativamente aos valores de remuneração apresentados no Grupo de Trabalho Tripartite criado pelo governo federal que discute a implementação de regras para o setor e debate a regulamentação do trabalho intermediado por plataformas, e ameaça organizar um movimento nacional.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) — organização que reúne as empresas líderes de mercado, como 99, Amazon, iFood, Uber e Lalamove propõe que seja adotado R$ 21,22 como valor mínimo por hora trabalhada no âmbito do transporte privado individual de passageiros.

No âmbito do delivery, a proposta é de R$ 12 por hora efetiva e comprovadamente trabalhada pelo modal motocicleta, o que equivale a 200% do salário mínimo. Os valores sugeridos para entregas por carro e bicicleta permanecem os mesmos. Ou seja, valor de R$ 10,86 para carro e de R$ 6,53 para bicicleta.

A sugestão das empresas de aplicativo irritou os trabalhadores. O presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (AMABR), Edgar Francisco da Silva, disse que a proposta mantém um cenário de desvalorização dos trabalhadores. Segundo ele, a precarização do trabalho eleva o risco de acidentes, entre outros fatores, por estimular o excesso de carga horária.

Prazo final
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o dia 12 de setembro é o prazo final para que as empresas, motoristas e motociclistas alcancem um acordo dentro do Grupo de Trabalho de Aplicativos. As negociações abordam ganhos mínimos, indenização pelo uso dos veículos, previdência, saúde dos trabalhadores e transparência algorítmica.
Juliana Causin e Pollyanna Brêtas, Extra