O grupo de trabalho que discute a regulamentação do trabalho intermediado por aplicativos definiu o dia 12 de setembro como o limite para o fechamento de acordo sobre o modelo de remuneração de motoristas e entregadores.
Na semana que antecede o prazo final, empresas ainda debatem como chegar a um formato de pagamento e a um valor que permita a conclusão dessa etapa do trabalho no GT, mantendo a viabilidade dos negócios dos diferentes aplicativos envolvidos na conversa.
A necessidade de se definir um valor mínimo de pagamento foi um ponto de convergência entre os representantes de entregadores e motoristas que integram o grupo. Eles concordaram sobre o valor mínimo de R$ 35 e também no parâmetro de contabilização, que é a hora logada.
Ou seja, o trabalhador começaria a ser remunerado no momento em que ficasse ativo no aplicativo, à espera de entregas ou de corridas.
“Um garçom fica lá parado enquanto não tem cliente, mas ele está ganhando. Ele não ganha só quando atende as mesas”, diz Edgar Francisco da Silva, o Gringo, presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil).
Fernanda Brigatti, Folha de São Paulo