Após o Ministério de Minas e Energia (MME) apertar as exigências de eficiência energética para geladeiras e congeladores fabricados e vendidos no país, conforme resolução publicada no início do mês, a Eletros, associação que representa a indústria de eletrodomésticos, criticou o rigor das regras e o prazo de implantação, considerado curto pela entidade. A associação alega que, com a medida, a “comercialização predominante” será de geladeiras de alto padrão, “custando em média de 4 a 6 vezes o salário mínimo nacional”, o que corresponde a um preço entre R$ 5.280 e R$ 7.920.
“Os novos índices de eficiência eliminarão cerca de 83% dos refrigeradores atualmente vendidos no Brasil”, afirma a entidade.
A Eletros vê chances de “aumento abrupto nos preços dos refrigeradores, especialmente os considerados de entrada, adquiridos principalmente pela população de renda mais baixa”.
Pela resolução, a fabricação e a importação dos produtos precisam seguir as exigências já a partir de 1º de janeiro. A comercialização dos refrigeradores com o padrão atual poderá se estender até o fim de 2024 (por parte de fabricantes e importadores) e até o fim de 2025 (por atacadistas e varejistas).
Vinicius Neder e Cássia Almeida, O Globo