Com o reajuste do salário mínimo em 1º de janeiro, o piso salarial dos frentistas do município do Rio de Janeiro passou para R$ 1.412,00. No ano passado, o sindicato conquistou para os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas e conveniência aumento real de 6,9% nos salários, elevando o piso da categoria para R$ 1.394,15.
Com a Lei de Conversão, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula, o salário mínimo voltou a ser corrigido acima da inflação. A lei estabelece como cálculo do reajuste do piso nacional a base da inflação do ano anterior mais a alta do Produto Interno Bruto dos últimos dois anos. Como várias categorias ficaram com o piso abaixo do mínimo, o reajuste nos salários é automático.
A lei é uma reivindicação antiga do movimento sindical e vai fortalecer as negociações salariais de diversas categorias. Com a nova lei, a valorização do salário mínimo passou a ser uma política de Estado e não de governo. Isso significa que nenhum presidente, após Lula, poderá voltar nesta decisão, a não ser que o Congresso Nacional aprove uma nova lei, revendo a atual.
Ao contrário do que a elite econômica brasileira propaga, a valorização do salário mínimo não causa o aumento do desemprego nem da inflação. O aumento real do piso nacional estimula a economia do país. Com uma renda maior, os trabalhadores consomem mais, o que aumenta a produção das fábricas e as vagas de emprego. Com o reajuste real do salário mínimo, o trabalhador terá mais dinheiro para encher o carrinho do supermercado.
Aproveitando esse novo momento político e econômico do país, a diretoria do SINPOSPETRO-RJ trabalha na construção da pauta de reivindicação salarial dos frentistas do Rio, com data-base em março. O sindicato vai lutar por aumento real para os salários e benefícios. Os frentistas merecem respeito e precisam ter a mão de obra valorizada.
Por Estefania de Castro