O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira (26) desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as pensões do salário mínimo. Segundo o petista, o país não vai resolver os problemas econômicos “apertando o mínimo do mínimo”.
O chefe do Executivo voltou a defender que é preciso aumentar a arrecadação do governo federal, e criticou a taxação sobre compras de até US$ 50 em sites internacionais e os benefícios fiscais, que estuda cortar.
“Não é possível, porque eu não considero isso gasto. A palavra salário mínimo é o mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado. Eu não vou para o céu. Eu ficaria no purgatório”, respondeu Lula ao ser questionado durante entrevista ao UOL.
O governo busca alternativas para acertar as contas públicas, e uma das possibilidades consideradas foi desvincular o BPC e as pensões do salário mínimo. A medida diminuiria o impacto da correção dos benefícios, estimada em R$ 1,3 trilhão nos próximos 10 anos.
Victor Correia, Correio Braziliense