Mês a mês os indicadores do mercado de trabalho têm dado boas surpresas e alcançado recordes. A recuperação a partir de 2022, após as sequelas deixadas pela pandemia, vem se mostrando vigorosa, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua referente a julho, divulgada na última sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A coleção de dados positivos é extensa: o contingente de pessoas desocupadas está abaixo dos 7,5 milhões, o número de trabalhadores ocupados passou dos 100 milhões e segue em crescimento, com recordes tanto no setor privado quanto no setor público, e a renda cresce sem interrupções há mais de um ano. O aquecimento do emprego tem até mesmo gerado algumas preocupações por risco de impacto em preços.
O que os números mostram de forma clara, no entanto, é que o mercado de trabalho vive seu melhor momento em uma década, desde a piora por causa da recessão brasileira nos anos de 2015 e 2016.
DESEMPREGADOS
O número de desempregados no Brasil caiu 9,5% no trimestre encerrado em julho, ante o trimestre anterior, para 7,431 milhões de pessoas. A diferença foi de 783 mil pessoas a menos no desemprego. O contingente é o mais baixo desde o início de 2015, quando era de 6,873 milhões.
Lucianne Carneiro, Valor Econômico