Os funcionários das fábricas da PepsiCo localizadas na cidade de Sorocaba e no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo, estão em greve desde as 22h de domingo (24). A paralisação tem como principal reivindicação o fim da escala 6×1.
Na manhã desta terça-feira (26), representantes da empresa e do Stilasp (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo) realizaram uma audiência no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) e sinalizaram pela adesão a uma “cláusula de paz” que prevê a suspensão da greve enquanto se discute junto ao TRT os motivos que levaram a sua decretação.
A companhia, dona das marcas Pepsi, Doritos e Toddy, disse que tem 12 mil funcionários diretos e 44 mil indiretos no Brasil, mas não detalhou quantos funcionários trabalham nessas fábricas em greve.
José Carlos da Rocha Junior, membro da diretoria Stilasp e preposto da associação na audiência de hoje, disse que as primeiras conversas com PepsiCo para a troca da escala 6×1 aconteceram entre junho e julho de 2024. O dirigente afirma que as jornadas são “exaustivas e sufocantes”.
Na sexta-feira (22), a PepsiCo apresentou uma nova proposta de escala de trabalho. O novo modelo trazia uma jornada de 12 horas de trabalho por dois sábados seguidos para que os funcionários pudessem ter uma folga no sábado seguinte. Haveria, portanto, uma escala 5×2 a cada três semanas.
Segundo o Stilasp, a proposta não foi aceita. A empresa, então, pediu um prazo de sete dias para formular uma nova sugestão, que também não foi aceita.
A ata da audiência realizada no TRT-2 informa que há uma adesão de 100% dos funcionários à greve.
João Pedro Abdo, Folha de São Paulo