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Demissões voluntárias em alta confirmam emprego formal aquecido, diz FGV

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Notícias

As demissões voluntárias iniciaram 2025 com maior recorrência do que em 2024, em um quadro de emprego formal ainda aquecido, a despeito dos sinais de desaceleração da atividade econômica, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast. No primeiro bimestre deste ano, 37,8% de todas as dispensas de trabalhadores com carteira assinada foram voluntárias, ante uma fatia de 36,0% dos desligamentos ocorridos no acumulado de janeiro e fevereiro do ano anterior.

O estudo tem como base os microdados do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. No mês de fevereiro, houve uma criação líquida de 431.995 vagas formais, um recorde da série histórica iniciada em janeiro de 2020. As demissões a pedido registraram leve queda de 1,6%, mas alcançando ainda o segundo maior valor da série histórica, 806.014 em fevereiro, ante o ápice histórico de janeiro, de 819.019 desligamentos voluntários.

As demissões a pedido somaram então 1,625 milhão no acumulado do primeiro bimestre de 2025, um crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período de 2024, além de um salto de 32,9% em relação a 2023. Segundo a FGV, os dados “evidenciam uma tendência consistente de alta nas demissões voluntárias, indicando que os trabalhadores estão cada vez mais buscando melhores oportunidades no mercado”. Num momento de mercado de trabalho formal aquecido, jovens e trabalhadores com maior escolaridade se mostram mais propensos a pedir demissão.
Daniela Amorim, Broadcast