Nesta nova onda da covid-19, a maioria dos hospitalizados é idosa, imunossuprimida (paciente transplantado, oncológico etc) ou está com a vacina atrasada – não tomou nenhuma dose ou estão pendentes as injeções de reforço (3ª e 4ª), segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão. A baixa adesão ao reforço vacinal e a circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos para a volta da doença.
Cerca de 69 milhões de brasileiros já poderiam ter tomado a 3ª dose do imunizante e não foram aos postos de saúde. O balanço foi divulgado pelo ministro da área, Marcelo Queiroga, no fim de semana.
Para a infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os idosos e os imunocomprometidos já têm um tempo longo desde que completaram a vacinação com respectivamente quatro e cinco doses. “Por isso, seria urgente que já tivéssemos um planejamento para uma outra dose adicional, que preferencialmente deveria ser feita com a vacina bivalente”, defende.
VACINA DE 2ª GERAÇÃO
Para frear o avanço das novas variantes da Ômicron, outros países, como Estados Unidos e alguns europeus, começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra covid-19. Chamada bivalente, a proteção é fabricada pela Pfizer e é eficiente contra várias cepas de uma vez só: protegem, segundo a empresa, contra as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.
CASOS
De acordo com o boletim desta terça-feira (15) do Ministério da Saúd, o Brasil registrou oito mortes por covid-19, em 24 horas, e 2.073 novos casos.
Paula Bonelli, O Estado de São Paulo e Agência Brasil