O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira|(17) que o governo pretende fazer uma reforma do Imposto de Renda no segundo semestre. Segundo ele, caso a reforma tributária seja aprovada logo, a outra poderia começar na segunda metade do ano.
“No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto. Muita gente no Brasil não paga imposto. Precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, disse Haddad em Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial.
A última correção da tabela do imposto de renda foi em 2015, no governo de Dilma Roussef. Atualmente, quem ganha acima de R$ 1.903,98 está sujeito à mordida do Leão. De acordo com os cálculos da Unifisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), se houvesse correção integral com base nas perdas inflacionárias, ficariam isentos todos os contribuintes com renda tributável de até R$ 4.723,77. Uma defasagem de 148,10%.
Um total de 18 milhões de brasileiros poderiam ficar isentos da cobrança do Imposto de Renda caso a tabela utilizada para calcular os descontos fosse integralmente corrigida pela inflação desde 1996, aponta um levantamento da Unafisco Nacional
O Globo e O Estado de Minas