Amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva completará sete meses de governo. Muitos pensaram que ele fosse dar com os burros n’ água, afinal assumiu um país em ruínas. Contrariando as expectativas dos abutres, que se alimentam da miséria do povo, Lula não apenas ultrapassou o rio, como também está construindo uma ponte para o futuro. O presidente encontrou uma terra devastada, mas soube arar e, agora, inicia-se a boa colheita.
Lula cumpriu não só a promessa de colocar comida na mesa do brasileiro, como também aumentou a credibilidade do país no mercado internacional. Duas grandes agências, que atestam os riscos de se investir em um país, elevaram a classificação da nota do Brasil, que passou a ter o selo de bom pagador. Isso tem um efeito direto na economia brasileira, uma vez que aumenta a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros.
Esse movimento também se reflete no câmbio. A queda do dólar contribui para a redução da taxa de inflação, que sofre com a pressão do preço dos produtos comprados em moeda estrangeira pelas empresas brasileiras.
Os preços dos alimentos continuam em queda vertiginosa, isso é muito positivo porque reduz a inflação em geral. As engrenagens da política econômica do governo estão funcionando.
O setor de serviços, que gera mais postos de trabalho no país, também apresentou redução na taxa de inflação. Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira mostram uma melhora no cenário do mercado de trabalho no Brasil. A taxa de desemprego atingiu seu nível mais baixo em nove anos.
No entanto, o Brasil só vai decolar, quando o Banco Central soltar o freio de mão da economia. É urgente resolver o problema dos juros. Esta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para decidir a Taxa Selic. É hora de o Copom tomar uma decisão de consenso em favor do povo brasileiro.
A Selic se mantém em 13,75% desde agosto do ano passado, é a maior taxa de juros do mundo, descontada a inflação. A alta taxa de juros afasta investimentos, reduz a oferta de crédito ao consumidor, impacta negativamente no mercado de trabalho e torna as dívidas das empresas mais caras.
O Brasil vive um novo momento econômico. A maioria dos investidores estrangeiros está otimista com as reformas implementadas pelo governo Lula para lidar com os desafios econômicos e fiscais. Lula trabalha para aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária, sem deixar de lado os projetos sociais, que protegem os mais vulneráveis.
Temos que desfazer a armadilha deixada por Bolsonaro. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é pau-mandado do mercado financeiro. A classe trabalhadora precisa se mobilizar para pressionar a redução dos juros. O Banco Central deve estar alinhado com as necessidades do povo brasileiro e não com o mercado financeiro.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas