Embora ainda não tenham chegado a um acordo, os bancos brasileiros e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão mais próximos de uma solução para reduzir os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito. A negociação tem avançado sob o temor de que a decisão fique nas mãos do Congresso Nacional.
De acordo com fontes a par das discussões, há receio de que uma eventual aprovação da proposta inserida no projeto de lei que vai receber o conteúdo do Desenrola possa abrir precedente para tabelamento de juros também de outras modalidades.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma solução para o rotativo sairá em 90 dias.
Haddad afirmou que o governo federal vai contratar com o sistema bancário uma transição para um sistema melhor do que o atual. “Teremos um freio”, disse o ministro.
Na mira do governo Lula, a taxa média de juros cobrada pelos bancos de pessoas físicas no rotativo do cartão de crédito em junho foi de 437,3% ao ano, segundo dados do BC.
Nathalia Garcia e Ana Paula Branco, Folha de São Paulo