Lideranças sindicais e de movimentos sociais elaboram propostas para o G20

Cerca de mil representantes dos movimentos sociais de todo o país se reuniram no Rio de Janeiro para discutir as propostas de crescimento sustentável e desenvolvimento mundial da Cúpula Social do G20. O presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas, Eusébio Pinto Neto, representou os trabalhadores de postos de combustíveis no encontro, que aconteceu na Fundição Progresso, nesta terça-feira (20).

O governo brasileiro elegeu três temas prioritários para discussões no G20: combate à fome, pobreza e desigualdades; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.

O documento com as propostas da sociedade civil será entregue aos chefes de Estado do G20 nas reuniões de cúpula dos líderes, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Ao assumir a presidência do G20 em dezembro, o Brasil criou uma tribuna popular visando trazer para as discussões mais pessoas da sociedade e dos movimentos sociais de base.

Eusébio Neto disse que é importante abrir as discussões para os movimentos de base, uma vez que os trabalhadores são os mais afetados pelas mudanças climáticas, pela revolução tecnológica e pelas desigualdades sociais. O atual cenário, caracterizado pela concorrência e mudanças culturais e de hábitos de consumo, requer capacidade de adaptação, inovação e resiliência para superar os desafios, completou.

O evento reuniu ministros do governo Lula, líderes sindicais e representantes dos movimentos sociais.

FERRAMENTA DIGITAL
Durante o evento, foi apresentada a ferramenta de participação social do governo, o Brasil Participativo. A ferramenta interativa amplia as fronteiras, criando ambientes digitais bilíngues para receber propostas de todo o mundo.

G20
O Grupo dos Vinte (G20) reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta. A próxima presidência do grupo caberá à África do Sul.

Por Estefania de Castro