O governo realiza os ajustes finais em uma plataforma que pretende unir, de um lado, trabalhadores da iniciativa privada interessados em contratar crédito e, de outro, instituições financeiras aptas a oferecer esses valores. Essa será a base tecnológica do novo empréstimo consignado privado, que os ministérios da Fazenda e do Trabalho devem propor ao Congresso Nacional ainda em 2024.
O sistema seguirá os moldes do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas que vigorou até maio. A ideia é que os bancos compitam pela contratação do crédito, numa espécie de “leilão” pelos menores juros e melhores prazos e condições.
“O trabalhador vai levantar a mão, nessa plataforma, e dizer: ‘Quero um consignado’. Com isso, ele dá autorização para os bancos olharem os dados dentro do INSS, e aí ele escolhe a instituição que fizer a melhor oferta”, o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto.
Hoje, o consignado privado fica bem atrás dos consignados voltados ao setor público e aos aposentados do INSS. O diagnóstico da equipe econômica é de que dois fatores brecam esse tipo de concessão.
Bianca Lima e Mariana Carneiro, O Estado de São Paulo