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Dia do Frentista será celebrado na segunda (21)

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

O Dia do Frentista no Estado do Rio de Janeiro será comemorado na segunda-feira (21). Os trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência têm muito a se orgulhar da profissão. Para compreendermos melhor a luta da categoria, contaremos um pouco da nossa história.

INÍCIO
A nossa categoria tem origem em 1891, ano em que o primeiro automóvel chegou ao Brasil. A necessidade de abastecer esses veículos levou à criação da profissão de garagista. Além de abastecer, esses profissionais também cuidavam das garagens onde os carros estavam estacionados.

GREVES
A luta para manter os nossos postos de trabalho é antiga. Somos desafiados diariamente. A primeira greve da categoria ocorreu em 1935, quando havia menos de 50 postos de combustíveis na cidade do Rio de Janeiro.

Nos anos 90, quando surgiram os primeiros sindicatos da categoria, as greves por conquistas de direitos levaram frentistas a cruzarem os braços em São Paulo.

Mas não foi só por aumento salarial e benefícios. Para garantir o emprego de mais de 500 mil trabalhadores em todo o país, os sindicatos se mobilizaram para aprovar a Lei 9.956 de 2000, que proíbe a instalação de bombas de autosserviço em postos de combustíveis.

SEGURANÇA E SAÚDE
Em meio à crise do petróleo nos anos 80, o governo decidiu importar 1,5 bilhão de litros de metanol para misturar à gasolina. O Brasil foi o primeiro país do mundo a usar a mistura de metanol e álcool combustível em larga escala.

A proposta, que ameaçava a vida de todos, foi rejeitada pelos frentistas, caminhoneiros, trabalhadores de plataformas e consumidores. Atualmente, a adição do metanol à gasolina e ao álcool é proibida.

A partir desta luta, foram intensificadas as pesquisas sobre o benzeno presente na gasolina. O benzeno é um composto comprovadamente cancerígeno para humanos, classificado como Grupo 1 da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).

O SINPOSPETRO-RJ ajudou a elaborar o anexo IV da NR 20, que trata da exposição ocupacional ao benzeno em instalações de abastecimento de combustíveis.

ORGANIZAÇÃO SINDICAL; CONQUISTAS E DIREITOS

O fundador e presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, lutava pelos direitos da categoria desde 1982, ano em que começou a trabalhar como frentista.

A diretoria precisou recorrer à justiça para assegurar a representação sindical da categoria. Foram anos difíceis, mas, em 2009, os dirigentes assinaram a primeira Convenção Coletiva da categoria.

Os dirigentes conseguiram acabar com a máfia das cooperativas nos anos 2000. Naquele período, havia cerca de seis mil trabalhadores nos postos de combustíveis sem carteira assinada e sem qualquer tipo de proteção trabalhista ou social.

Em 2009, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou uma lei que proibia o uso de shorts ou uniformes que exibam o corpo das frentistas. Além de acabar com o assédio, a lei também protege a saúde das mulheres.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a ter uma lei que proíbe o abastecimento do tanque do carro “até a boca”.

Essas leis são fruto da luta da diretoria do SINPOSPETRO-RJ.

UNIÃO E FORÇA
O Brasil sofreu um grande retrocesso, o que representou um impacto significativo para os trabalhadores, que tiveram perdas de direitos trabalhistas e previdenciários. Com o governo progressista de Lula, a diretoria do SINPOSPETRO-RJ espera conquistar mais direitos e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Em 2025, teremos grandes desafios ao elaborar as Convenções Coletivas do Estado e do Município do Rio de Janeiro. É o momento de assegurar que os nossos direitos serão respeitados. Para isso, o sindicato precisa da sua participação ativa nas decisões da categoria.

Este é um breve relato da história de uma categoria que superou as dificuldades e ultrapassou as barreiras do tempo.

VIVA OS FRENTISTAS!

APLAUSOS AOS GUERREIROS, COMPANHEIROS DE LUTA!

Por Estefania de Castro