No Brasil, aproximadamente 75% dos trabalhadores têm uma carga semanal de 40 horas de atuação ou mais, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio) Anual referente a 2022, a mais atual com esse tipo de dado divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Apesar da média nacional ser de 39,2 horas, muitos trabalhadores excedem isso. Quase um terço (32,6%) trabalha mais do que 44 horas semanais, carga máxima definida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Segundo a economista Lúcia Garcia, especializada em mercado de trabalho e pesquisadora do Dieese, a explicação para esse elevado percentual de trabalhadores acima da média da carga horária se deve à desigualdade laboral. “A média não reflete a distribuição de jornada”.
A especialista chama atenção para os dados da PNAD que apontam a quantidade de trabalhadores que atuam por mais de 44 horas.
Ela afirma que o Brasil faz parte de um grupo de países com cargas de trabalho consideradas altas, em comparação ao padrão mundial.
Carlos Madeiro, Uol