A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) em 1 ponto percentual e de indicar mais duas altas da mesma magnitude recebeu críticas do setor produtivo. Entidades do comércio, da indústria e centrais sindicais, além de políticos, consideram que os juros altos prejudicarão o emprego e a recuperação da economia.
Em nota, a Confederação Nacional de Indústria (CNI) classificou a decisão do Banco Central (BC) de “incompreensível” e “injustificada”. Para a entidade, a elevação não tem sentido após a queda da inflação em novembro e o anúncio do pacote para corte de gastos obrigatórios.
CRÉDITO
O aumento da de 11,25% para 12,25% ao ano gera impactos diretos sobre as operações de crédito para o consumidor.
Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o juro médio para as pessoas físicas passará de 118,08% para 120,05% ao ano. Na relação entre os juros cobrados ao consumidor e a Selic significa uma variação de mais de 900%.
No rotativo do cartão de crédito, a taxa mensal passa de 14,76% para 14,84%.
Wellton Máximo
Ana Paula Branco, Folha de São Paulo