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EDITORIAL – Crise desnuda governo e trabalhadores pagam o pato

  • Postado por: Marcela Canero
  • Categoria: Notícias

A irresponsabilidade política do governo, legisladores e judiciário, levou nosso País a total insegurança política e jurídica, criando um cenário de salve-se quem puder, terreno fértil aos aproveitadores egoístas que compõe nossa “elite”, que não mede as consequências para manter seus privilégios através da exploração dos trabalhadores.

Com sete centrais sindicais unidas, nossa categoria participou do ‘Dia do Trabalhador’ em todo o país exigindo salário, trabalho e emprego dignos, reivindicando a reversão dessa nefasta agenda neoliberal que vêm trazendo prejuízos colossais à economia, precarização e retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

A cada boletim do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou mesmo do Banco Central, a realidade da crise brasileira vai se desnudando e desmentindo o discurso de Temer e Henrique Meirelles, sobre a recuperação da economia e a retomada do crescimento. Segundo o IBGE, o desemprego atingiu o índice de 13,1% no primeiro trimestre deste ano e isso não é tudo, pois o próprio órgão já informara que faltam empregos para 26 milhões de brasileiros e que o desemprego no ano passado foi o maior desde 2012.

Confirmam estes dados a queda de 2,4% da produção industrial em janeiro deste ano, também informada pelo IBGE. O mesmo ocorre em relação às ínfimas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da elevada inflação. A análise do boletim, postada no site ADVFN Brasil, vinculado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), desmentem as projeções de Meirelles segundo o qual o PIB chegaria a 3,2% este ano. Segundo a divulgação do ADVFN a “pesquisa do Banco Central foi realizada entre os dias 16 e 20 de Abril de 2018”.

Para chegar até 31 de dezembro, o usurpador Temer, tendo os generais como muleta gasta seu tempo em defender o indefensável, procurando um buraco no qual possa se meter no dia 1º de janeiro do próximo ano.

Voltamos a ter que lutar por democracia, precisamos garantir eleições justas para eleger um mandatário sensível às demandas do sindicalismo e da causa trabalhista, que deverá tocar profundas reformas estruturais visando à democratização do Estado, das comunicações e dos direitos humanos. Somos linha de frente das lutas, seguiremos assim, unidos, até a vitória final, por mais difícil que pareça. “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” (Karl Marx)

* Eusébio Luis Pinto Neto – Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da FENEPOSPETRO.