A pedido da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro), da Federação dos Frentistas de São Paulo (Fepospetro) e dos Sindicatos de Frentistas de todo o Brasil, o Dieese realizou estudo para medir o peso do salário dos frentistas na composição do valor dos combustíveis. A principal conclusão foi que mesmo com a demissão de todos os frentistas, o impacto na redução do valor pago pelo consumidor final seria inferior a 1,7%.
Para um litro de gasolina vendido em alguns municípios do país a R$7,00, em setembro de 2021, isso representa cerca de R$ 0,12 por litro. Clique aqui para acessar o estudo completo e saber mais.
A equipe do Dieese ressalta, no entanto, que estes números estão superestimados, uma vez que foram utilizados dados do Ministério da Economia e da Agência Nacional do Petróleo, cujos números mais recentes são relativos a 2019. “A escalada de preços dos combustíveis, desde então, sem que os salários dos frentistas tivessem acompanhado tal elevação, certamente reduziu o custo relativo do trabalho na formação do preço final dos combustíveis”, aponta o relatório final do levantamento.
“Solicitamos o estudo diante das várias tentativas de aprovar no Congresso a liberação do autosserviço de combustíveis no país, sempre com a justificativa infundada de que o frentista pesa no preço final pago pelo consumidor. Argumento que ameaça os empregos de quase meio milhão de trabalhadores, mas que agora foi completamente derretido pela pesquisa séria do Dieese. A culpa da gasolina cara não é nossa”, dispara o presidente da Fenepospetro e do Sindicato dos Frentistas do Rio (Sinpospetro-RJ), Eusébio Pinto Neto.
(Na imagem, frentistas do Sul Fluminense em campanha contra o self-service)