A Procuradoria-Geral do Trabalho divulgou nesta quinta-feira (28) os resultados da segunda edição de uma megaoperação que resgatou 338 trabalhadores em situação análoga à escravidão.
A ação envolveu seis órgãos públicos e 49 equipes de fiscalização que realizaram inspeções em 22 estados e no Distrito Federal e foi a maior operação conjunta desse tipo já realizada no Brasil. Com início em 4 de julho, a Operação Regaste, como a ação foi batizada, segue em andamento.
No meio rural, serviços de colheita em geral, cultivo de café e criação de bovinos para corte concentraram a maior quantidade de trabalhadores explorados. Já no meio urbano, destacam-se os resgates de 15 pessoas em uma clínica de reabilitação e de seis trabalhadoras domésticas.
Goiás e Minas Gerais foram os estados com mais pessoas resgatadas na operação conjunta deste mês. Entre as vítimas estavam cinco crianças e adolescentes e quatro estrangeiros de nacionalidade paraguaia e venezuelana.
Em 2021, a primeira edição da operação resgatou 136 trabalhadores, dos quais oito eram crianças e adolescentes e cinco eram migrantes.
Os órgãos envolvidos foram a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo o Ministério Público do Trabalho, ao menos 149 (47%) resgatados nesta segunda edição da Operação Resgate foram vítimas do tráfico de pessoas.
Natalie Vanz Bettoni, Folha de São Paulo