A eleição para a Presidência da República será decidida no segundo turno, no dia 30 de outubro. Infelizmente, não conseguimos fechar, neste domingo, o melhor resultado para o país. A festa da democracia vai custar caro ao trabalhador. A escolha é individual, contudo, a consequência é coletiva. O Brasil vive um triste momento da sua história, com a degradação da mão de obra, retirada de direitos, baixos salários e a falta de políticas públicas voltadas para a inclusão social. E o que está ruim pode ficar pior. A formação do novo Congresso Nacional é catastrófica para a classe trabalhadora.
Nunca seremos os verdadeiros anfitriões da casa, enquanto não arrebentarmos as correntes que nos aprisionam como serviçais. O mal já está feito, agora, temos que olhar para a frente e unir forças para defender o pouco que, ainda, nos resta. Os partidos de centro-direita, que nunca votaram com os trabalhadores, conseguiram a maior representação no Congresso, com isso, dificilmente o povo brasileiro terá as suas pautas atendidas.
Temos pela frente uma longa batalha em defesa dos nossos empregos. Desde 2014, parlamentares tentam aprovar no Congresso projetos, que visam revogar a Lei 9.956, que proíbe bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo país. Com a nova composição na Câmara e no Senado, a nossa luta vai ser mais tensa e intensa.
O segundo turno será acirrado, por isso, temos que nos esforçar e trabalhar para eleger Lula presidente. Esse é o único caminho para manter a nossa sobrevivência. Só um governo progressista— que tem um compromisso maior com o trabalhador e os pobres— conseguirá barrar projetos nefastos como os das Reformas Trabalhista e da Previdência, que retiraram direitos do povo.
Precisamos acabar com a farsa de que operário, que perde o emprego e trabalha por conta própria, é empreendedor. Essa é a fábula do mercado financeiro para ludibriar os pobres e aprisioná-los aos juros. A representação que falta hoje no Congresso sobra na fila do Auxílio Brasil: o pipoqueiro; o pintor; a diarista; o pedreiro; e tantos outros trabalhadores como a gente.
Bolsonaro representa a destruição da nação, a retirada de direitos e o desmonte das instituições. Está chegando a hora de Bolsonaro acertar as contas com a história. Mas precisamos reconstruir o estado democrático de direito, agregando as minorias que foram marginalizadas neste governo.
A certeza de que dias melhores virão, alimenta o nosso trabalho. A vitória de Lula não é de um partido, nem de um candidato, mas do Brasil. Assim como o sol nasce todas as manhãs, que no dia 31º de outubro possamos despertar para sempre desse pesadelo. Vida longa à democracia e ao povo brasileiro!
Por Eusébio Pinto Neto
Presidente do SINPOSPETRO-RJ