No primeiro discurso após ser eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse,na noite deste domingo (30) ,que “não existem dois Brasis” e que trabalhará pela conciliação do país dividido após a derrota de Jair Bolsonaro.
Sem se referir ao atual mandatário, o eleito defendeu ainda o retorno à normalidade democrática e a volta de políticas de combate à desigualdade social, colocando o combate à fome como sua prioridade, assim como fez ao conquistar seu primeiro mandato, em 2002.
No discurso, Lula afirmou que não enfrentou um candidato, mas a máquina do Estado brasileiro colocada a serviço do candidato da situação para evitar que ele ganhasse. Lula agradeceu a ex-candidata à presidência pelo MDB, Simone Tebet, que aderiu à sua candidatura no segundo turno.
Lula disse vai governar o país numa “situação muito difícil”, mas que conta com a ajuda do povo para encontrar uma saída para que o brasil viva democraticamente.
O presidente eleito lembrou que o Brasil chegou ao final de uma das eleições mais importantes de sua história, e que essa não é uma vitória dele e do PT. Mas sim de um imenso processo democrático, que se formou acima dos partidos políticos, para que a democracia fosse vencedora.
Lula prometeu que “a roda da economia vai voltar a girar” com os pobres fazendo parte do Orçamento, com todos os objetivos possíveis aos micros e pequenos empreendedores para que eles possam oferecer seu potencial criativo.
Também disse que irá combater a violência contra as mulheres e prometeu enfrentar sem trégua o racismo, o preconceito, a discriminação, “para que brancos, negros e indígenas tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”.
Lula também prometeu retomar o monitoramento e a vigilância da Amazônia. Disse que será possível gerar riqueza sem destruir o meio ambiente. Disse que seu governo terá compromisso com os povos indígenas.
O Globo e Folha de São Paulo
Foto Agência Reuters