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Governo cobra R$ 99 mil de diretor-geral da PRF por agressão a frentista

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

O atual diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, já respondeu por agredir fisicamente um funcionário de um posto de combustível em Goiás. O caso, ocorrido em outubro de 2000, rendeu à vítima uma indenização de R$ 53 mil pagos pela União. A Advocacia-Geral da União (AGU) cobra de Vasques o ressarcimento da despesa. A preço de hoje, são R$ 99 mil. Ao indicar Vasques para o cargo, o presidente Jair Bolsonaro decretou sigilo de cem anos no processo.

Ao Estadão, o homem, que pediu para não ter o nome publicado, diz que foi espancado por ter feito corretamente o seu trabalho de organizar o funcionamento do posto e que ainda sente medo quando um carro da PRF se aproxima.

A agressão ocorreu em um posto no município de Cristalina, há 22 anos. À época, ele era o chefe de uma delegacia da PRF em Joinville (SC). Um comboio seguia do Sul em para um treinamento em Brasília, quando parou no posto de combustível da cidade goiana, considerado uma base da corporação para reabastecimento.

A vítima é um pai de três filhos que estudou até a quinta série e hoje tem um pequeno lava a jato em Goiás. Na época, cobria as férias do gerente de pista, um funcionário que coordenava as operações no posto. Ele narra que os carros pararam para abastecimento e Silvinei Vasques quis lavar o carro ao lado da bomba. O homem explicou que o procedimento era proibido, e que havia um espaço específico para a lavagem de automóveis.

A negativa teria feito Vasques se irritar. “Ele queria me obrigar a lavar a viatura. Começou a nos chamar de porco, falou que aquilo ali era um chiqueiro e começou a gritar. Tinha duas meninas lá no posto, que olharam pra mim. Eu falei: ‘deixa ele falar’. Quando falei isso, ele veio pra cima achando que eu estava rindo dele. Ele bateu na boca do estômago, nas costas. E o outro falando para ele dar na cara, ‘porque lá em SC nós damos na cara’”, relatou. A agressão o deixou dois dias fora do trabalho. A agressão deixou o frentista dois dias fora do trabalho.
Vinícius Valfré, O Estado de São Paulo e Band News