O Sindicato dos Frentistas do Município do RJ convidou o presidente do Instituto Brasileiro de Saúde Ocupacional, Derval de Oliveira, para proferir palestra sobre “Doença e acidente de trabalho ocasionado pela ausência de curso da NR20”. A atividade aconteceu ontem (17) na sede do sindicato, participou o presidente Eusébio Pinto Neto, diretores e assessores.
Para orientar a categoria sobre os riscos que o Frentista está exposto exercendo sua atividade profissional, nossa diretoria investe periodicamente em cursos e palestras de formação e capacitação para benefício do trabalhador.
Derval de Oliveira acredita que a correta aplicação da NR 20 evita acidentes e garante a segurança e a saúde de todos. A norma faz uma análise de risco que facilita a identificação dos problemas. Para implantar a NR 20, os postos são obrigados a capacitar os seus funcionários. O trabalhador é peça fundamental nesse processo, porque conhece os problemas do dia a dia no posto. A observação do trabalhador é importante na implementação da análise de risco.
Segundo Derval de Oliveira: “é dever do empregador instruir e fiscalizar a segurança do trabalhador, devendo proporcionar EPI’S (equipamento de segurança) e maquinários adequados, bem como orientar e supervisionar seu uso”. Ele denuncia que a maioria dos postos de combustíveis não cumpre a Norma Regulamentadora n.20 (NR 20), que qualifica o trabalhador para manusear com segurança os produtos tóxicos e inflamáveis.
O palestrante afirma que a composição química da gasolina varia de acordo com as distribuidoras e isso também coloca em risco à saúde do trabalhador. Segundo ele, a gasolina comum da Shell tem mais agentes químicos, enquanto a da BR e a da Ipiranga tem menos. E é em função dessa composição que o profissional de segurança adota medidas para evitar riscos à saúde do trabalhador. Derval de Oliveira ressalta que o quadro de risco aumenta, ainda mais, quando o trabalhador manuseia combustível adulterado.
“Os dirigentes e assessores devem sempre alertar os Frentistas sobre os malefícios do benzeno para saúde; as doenças provocadas pelo produto tóxico; o cuidado que se deve ter para evitar acidentes e contaminação pelos produtos comercializados nos postos e o que se deve fazer para evitar ficar doente; explicar os cuidados que os trabalhadores devem ter durante o abastecimento de veículos e no ato do recebimento dos combustíveis pelas distribuidoras. Seguindo sempre as normas de segurança regulamentadas, isso é fundamental!”, explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Saúde Ocupacional, Derval de Oliveira.
* Daniel Mazola, assessoria de imprensa SINPOSPETRO-RJ