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TST declara greve de petroleiros ilegal por ter “cunho político”

  • Postado por: Marcela Canero
  • Categoria: Notícias

O Tribunal Superior do Trabalho negou o direito à greve dos petroleiros, que pretendiam iniciar nesta quarta-feira 30 uma paralisação de 72 horas em defesa da demissão de Pedro Parente, presidente da Petrobras, e de uma mudança na política de preços da estatal.

A ministra Maria de Assis Calsing, relatora da ação movida pela Advocacia-Geral da União e pela Petrobras, determinou que as entidades sindicais representativas dos petroleiros se abstenham de paralisar suas atividades, sob pena de multa diária no valor de 500 mil reais em caso de descumprimento.

Os petroleiros reivindicam também o fim das importações de derivados de petróleo, a manutenção dos empregos e a saída imediata do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, que, segundo a FUP, “mergulhou o país numa crise sem precedentes”.

Ao contrário dos motoristas de caminhões, que elegeram a redução de impostos e outros benefícios práticos como pautas prioritárias, os petroleiros há muito criticam a nomeação de Parente para a presidência da estatal e denunciam as consequências de sua política de reajustar os preços conforme as flutuações da cotação internacional dos combustíveis.

A categoria alerta ainda que a volatilidade dos preços dos combustíveis está relacionada ao aumento das importações de derivados de petróleo e à redução das atividades das refinarias brasileiras após a posse do executivo.

Em meio à nomeação de Parente, em 2016, os petroleiros afirmaram que sua posse era “a volta do PSDB à Petrobras”. O executivo foi responsável por chefiar o chamado “ministério do apagão”, quando FHC criou um grupo de trabalho em 2001 para gerenciar e unificar as ações de racionamento do governo. À época, Parente participou dos debates para mudar o nome da estatal para Petrobrax, com o suposto objetivo de ampliar a presença da marca no cenário internacional.

No início da crise de desabastecimento, os petroleiros já tinham Parente como alvo principal. Quando a Petrobras anunciou mais um aumento, de 1%, nos derivados do petróleo na terça-feira 22, a categoria afirmou, em nota, que o presidente da estatal colocava “combustível na greve dos caminhoneiros”. (via Carta Capital)

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