Cada candidato a presidente da República receberá, nos próximos dias, um alentado documento de 22 pontos, elaborado pelo Dieese e as Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Intersindical. A chamado Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, foi lançada nesta quarta (6) no Sindicato dos Químicos de São Paulo.
O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, fez a leitura do documento para uma plenária lotada por dirigentes de várias categorias profissionais. “Essa Agenda sintetiza a plataforma da Conclat de 2010 e mostra que a classe trabalhadora quer ter protagonismo na vida econômica e política do Brasil”, afirma ele.
CUT – Para Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores, é preciso somar forças para que o conjunto de proposta chegue a todos os trabalhadores. “A ideia é que essa Agenda faça parte das discussões em todo o Brasil. Vamos trabalhar com as redes comunicação sindical, redes sociais e também a grande mídia. Para chegar ao chão de fábrica é preciso um bom processo de divulgação. Nós queremos que seja uma ação de massa”, explica.
Força – O novo presidente da Central, o metalúrgico Miguel Torres, fala da importância dos trabalhadores darem o troco aos ataques que vêm sofrendo desde 2017. “Esse documento é para o desenvolvimento do País, geração de emprego e para que o Brasil volte a crescer e dar tranquilidade à população. É um plano nacional de desenvolvimento que precisamos, com fortalecimento da democracia e revogação das leis que tiram direitos dos trabalhadores”, destaca.
CTB – Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, afirma: “A Agenda é um confronto a essa visão neoliberal que vem prevalecendo. Compete ao movimento sindical e social dar curso a uma nova ordem política. O documento pressupõe um diálogo maior e melhor com o povo. Precisamos esclarecer o quanto é importante a defesa da nossa soberania, de patrimônios como a Petrobras, Eletrobras e o pré-sal. Além de mudar o curso Emenda Constitucional 95 que congelou os investimentos por 20 anos”, ressalta.
CSB – O dirigente Alvaro Egea, que representou a Central dos Sindicatos Brasileiros, destacou que a partir de agora, todas as ações reafirmarão, não só os pontos do documento, mas a insatisfação da classe trabalhadora. “O trabalhador está sofrendo com um alto desemprego e a agressão constante a nossos direitos. Isso precisa mudar e nós vamos pressionar as forças políticas rumo a essa mudança”, diz.
Brasília – Dia 13, os sindicalistas farão caravana a Brasília para entregar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado. Em 10 de agosto, ocorrerá o Dia Nacional de Protestos e Paralisações. (via Agência Sindical)